Mármore: das jazidas a marmoraria

Apesar de sua aplicação na construção ainda no Império Romano, foi apenas no séc. XX que esse mercado tomou forma no Brasil. Setor formado principalmente por micro e pequenas empresas, foi através das mãos de colonos italianos que o mármore ganhou espaço no comércio, mas foram necessárias décadas entre o início da utilização de rochas calcárias e o mármore que estamos habituados a apreciar.
Para entendermos sua utilização, é preciso conhecer esse material. Originado de regiões de atividade vulcânica com matriz de rocha calcária, o mármore surge através de um processo físico-químico que expõe a rocha a altas temperaturas e pressão extrema. Sua durabilidade e variações de cores, proporcionam ao mármore grande espaço na construção civil. Como piso, revestimento e até como aditivo para cimento, o mármore compõe as mais variadas formas de aplicação.
Com maior concentração de jazidas do mundo, está localizada no Brasil a terceira referência mundial em extração de mármore. No Espírito Santo encontra-se a maior parte das áreas exploradas e maquinário para seu processo de comercialização. O processo de produção do mármore é dividido em três partes principais: extração, corte e polimento. Inicialmente, é realizada a limpeza do local a ser explorado. A extração é feita através de teares, equipamentos que serram os blocos de rocha calcária. Os blocos extraídos são encaminhados às serrarias, onde são divididos em placas. Finalmente, são levadas às marmorarias para receberem corte e acabamentos específicos aos projetos solicitados.
Mesmo que conciso, o processo de lapidação do mármore depende de equipamentos de alto custo, fazendo com que parte desta matéria seja exportada em estado bruto ou, no máximo, em placas, influenciando diretamente no valor agregado ao produto internacionalmente. Além de sua beleza e durabilidade, o mármore encanta pela peculiaridade de seu processo de produção.